SAÚDE

Números comprovam satisfação com novo modelo de gerenciamento no Hospital Regional de Colíder

Terça-feira, 20 de março de 2012 | Publicado às 14h51

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Ednilson Aguiar - SECOM/MT

“Esse é um modelo que hoje dentro do território nacional é o que tem obtido mais resultado, com mais qualidade, gastando menos”. A definição de Organização Social de Saúde (OSS) foi feita pelo diretor do Hospital Regional de Colíder, Wanderson Aristides da Silva, cuja unidade hospitalar tem sido gerenciada pelo ‘Instituto Social Fibra’ desde janeiro de 2012.

 

Dentro do que foi proposto pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), conforme explicou o diretor, já está sendo atendido 100% do que foi solicitado ao Instituto. Existem algumas obras estruturais em andamento para a melhoria do fluxo de atendimento com adaptação melhor do pronto atendimento, ampliação do número de leitos de observações e organização interna dos setores. Porém, os resultados são satisfatórios com apenas dois meses de gerenciamento.

Atualmente, na microrreferência, a unidade de Colíder atende seis municípios, além da microrregional do município de Peixoto de Azevedo, que abrange cinco cidades, totalizando 11 municípios da região vinculados diretamente ao Regional de Colíder, além do apoio às etnias indígenas da região, atuando também como referência para essa demanda.

A referência que hoje é o Hospital de Colíder, principalmente na questão do atendimento e atenção dos profissionais que ali trabalham, ajudou e muito no tratamento do filho de seo Antônio José de Sousa Carlindo, 46 anos, autônomo e que estava no hospital há 17 dias com o filho internado. Ele conta que um médico atendeu o filho em casa, detectando o tumor na cabeça numa quarta-feira. Na quinta-feira a criança já havia sido encaminhada para o hospital, fez todos os acompanhamentos, inclusive a cirurgia. “Meu filho foi muito bem assistido, os médicos foram muito atenciosos e de todos esses dias que a gente está aqui tem sido muito bom o atendimento”.

Para o médico pediatra Darcy Neto de Moraes Bicudo, que acompanhou todo o processo de mudança de administração para o gerenciamento de OSS, a primeira coisa que deve ser levado em consideração é se a comunidade está ganhando ou não. “A comunidade de Colíder tem muito a ganhar com o Instituto Fibra devido a maneira que estão levando os médicos a atenderem melhor a comunidade, dando um suporte melhor para esses profissionais”.

De acordo com o médico, que está na cidade há quatro anos, a fila do pronto atendimento diminuiu muito e também a comunidade está conseguindo mais acesso aos médicos, com mais facilidade, o que antes era mais referenciado e para emergências. “Hoje em dia funcionamos com o PA livre para demanda espontânea da comunidade de Colíder e de toda região. A mudança no tratamento à população se refere a diminuição da fila”, disse ao complementar que hoje existe um ambiente bom pra trabalhar e consequentemente melhor atendimento aos pacientes.

 

Atendimento esse elogiado por dona Maria de Fátima Araújo, de 53 anos e que mora no município de Nova Guarita (a 200 Km de Colíder), principalmente no que diz respeito a agilidade na fila, algo que antes não era assim. “Estou sendo bem atendida, não tem demora na fila. Já fiz os exames e está tudo encaminhado. Vou começar o tratamento em breve”.

REFERÊNCIA

Os Hospitais Regionais de Mato Grosso que atualmente são gerenciados por OSS são referência no atendimento de saúde pública. Wanderson Aristides disse que ainda há resistência de algumas pessoas devido à falta de conhecimento de como funciona um serviço gerenciado por uma Organização Social de Saúde. “Isso é novo em Mato Grosso. Analisem os números que estão sendo proferidos pelas unidades que já estão gerenciadas por OS’s, como Cáceres, Rondonópolis, Várzea Grande e Alta Floresta. Constatando os dados haverá a percepção de que é muito melhor para a população ter um serviço funcionando onde ele tem acesso rápido e com qualidade com menor custo para o Governo”, disse o diretor do HR de Colíder.

Ele complementou ainda que esse é um modelo de resultado onde se produz mais, melhor, gastando menos. E como não tem ainda outro projeto em andamento que seja igual ou melhor esse modelo que está sendo adotado pelo Governo do Estado é o que tem de melhor hoje no Brasil para se gerenciar e administrar a saúde publica.

GERENCIAMENTO E ATENDIMENTOS

O Instituto Fibra assumiu contratualmente a gerência do Hospital Regional de Colíder em 04 de janeiro de 2012 e a situação é de trabalho evolutivo. Somente no primeiro mês do ano foram mais de 300 internações, sendo dessas, 60% cirúrgicas nas especialidades de clÍnica médica, ginecologia e obstetrícia, clínica pediátrica, clínica de cirurgia geral e clínica de cirurgia ortopédica. Foram mais de 600 consultas ambulatoriais, mais de 1.400 atendimentos de urgência e emergência, exames como colonoscopia, eletrocardiografia, ultrassonografia, radiologia, tomografia, mamografia, endoscopia e exames laboratoriais clínicos, totalizando cerca de 20 a 30% do número que vinha sendo praticado pela unidade de saúde antes do Instituto Fibra assumir. “Para o mês de fevereiro já temos a estimativa que esse número subiu 40%. Houve uma melhora significativa em relação a janeiro”, informou o diretor.

Quanto a estrutura física, o prédio já passa por reforma tanto de ampliação, como de correção. A intenção é tirar de dentro do hospital o setor administrativo para transformar esse espaço em mais enfermarias, em mais leitos para atender ainda melhor a população. Obras de estrutura física de correção. “Estamos fazendo também toda a fachada externa do Hospital. Em 90 dias o hospital vai estar todo pronto”.


Fonte: DANI CUNHA - SECOM/MT