VIDA SAUDÁVEL

Secretarias reduzem casos de afastamentos de servidores por problemas de saúde

Quarta-feira, 27 de novembro de 2019 | Publicado às 13h12

Análise da Seplag compreendeu seis secretarias do governo; A Setasc apresentou a maior taxa de redução neste ano, com incidência de 4,9 novos casos de afastamentos para cada mil servidores

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O número de novos casos de afastamentos de servidores motivados por doenças e outros problemas relacionados ao sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo reduziu neste ano no Executivo estadual. É o que aponta o relatório de Incidência e Prevalência – CID M, divulgado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

A análise da Seplag compreendeu seis secretarias do governo e comparou o primeiro semestre dos anos de 2017, 2018 e 2019. Segundo o relatório, em 2018 houve aumento de 50,3% de novos afastamentos em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2019, esse aumento foi de 26,5%.

Com relação à prevalência, ou seja, ao número total de casos registrados, em 2018 houve aumento de 26,3% em relação ao mesmo período anterior. Já em 2019 esse aumento foi de apenas 4,1%. As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são as doenças do grupo CID M que mais afetam os servidores.

O levantamento foi feito com base nos dados do relatório de Servidores Afastados do Sistema de Perícia Médica e do relatório Funcional Geral da Coordenadoria de Monitoramento de Pessoal. Foram considerados como novos casos aqueles em que não houve reincidência de afastamento por doenças desse grupo nos últimos quatro anos.  

Entre os órgãos analisados, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc) apresentou a maior taxa de redução neste ano, com incidência de 4,9 novos casos de afastamentos para cada mil servidores. Na sequência estão Casa Civil e Controladoria Geral do Estado (CGE) com 7,8 afastamentos a cada mil, no mesmo período. 

As Secretarias de Educação (Seduc), de Segurança Pública (Sesp) e a Seplag tiveram um aumento no número de novos afastamentos em 2019 e de acordo com a Coordenadoria de Saúde e Segurança do Trabalho foi em resposta ao período de ausência das ações da política de Saúde e Segurança do Trabalho, ocorrido na fase de transição do governo.

Para o coordenador do programa de Saúde e Segurança do Trabalho do Estado, Flávio Jabra Peixoto, a diminuição da incidência de novos casos na Setasc, na Casa Civil e na CGE é resultado da ampliação do processo de implantação da política de Saúde e Segurança do Trabalho em órgãos e entidades do Executivo. O modelo do programa é criado e monitorado pela pasta e colocado em prática pelas áreas sistêmicas das secretarias.

“Como órgão central dessa política, a Seplag tem expandido para outras secretarias as ações aqui desenvolvidas. Além de prezar pela saúde do servidor, nosso objetivo é converter os gastos com afastamentos em utilização da força de trabalho, trazendo economia aos cofres públicos”, salientou.

A principal ação da pasta neste sentido é o programa Ação Vida Saudável, que consiste em aferir e coletar mensalmente informações dos servidores no intuito de monitorar, controlar e reduzir o sobrepeso e a obesidade, bem como prevenir doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão arterial, o diabetes, cânceres e as doenças respiratórias crônicas.

Além da aferição das medidas corporais, o programa é composto ainda de caminhada, corrida, treino funcional e academia (em parceria com a Sesp). Na Seplag foi inserida à proposta inicial do projeto a prática de meditação. Todas essas atividades são orientadas por um educador físico e complementam as ações do órgão central para a redução dos indicadores de novos afastamentos no Estado.


Fonte: Nayara Takahara | Seplag