MEMÓRIA

Arquivo Público preserva registros do Carnaval mato-grossense do século passado

Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017 | Publicado às 17h14

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Na Superintendência de Arquivo Público, vinculada à Secretaria de Estado de Gestão (Seges), é possível encontrar registros relacionados ao Carnaval de décadas atrás. Documentos dos festejos e celebrações religiosas do passado podem ser acessados gratuitamente na instituição, que tem como uma das funções, preservar a memória de Mato Grosso.

Há 20 anos, o jornal impresso A Gazeta de 13 de fevereiro de 1997, apresentava imagens do Vinde e Vede, evento religioso da Igreja Católica ocorrido no antigo estádio José Fragelli (Verdão). O crescimento da celebração que atraia indivíduos de várias partes do país, também foi mencionado na publicação. 30 mil pessoas estavam presentes no último dia daquela cerimônia.

Em relação à folia, o jornal de mesma data mostrava a classificação dos blocos de rua de Cuiabá. Beleza Pura foi o campeão, seguido de Urubu Cheiroso, Banana da Terra, Boca Suja, Gostoso Sou e Três no Seu. A escola de samba que venceu na Capital foi a Caprichosos do Terceiro, enquanto no Rio de Janeiro, o carnavalesco Joãosinho Trinta conquistava mais um título com a Viradouro.

João Clemente Jorge Trinta, popularmente conhecido como Joãosinho Trinta, um dos personagens mais ilustres do Carnaval nacional, já esteve em Mato Grosso e pode ser visto em fotografias no Dossiê do fundo Secom do Arquivo Público. São 243 imagens da visita do carnavalesco a Cuiabá e Santo Antônio do Leverger em 1994. Nessa época o enredo da Viradouro foi sobre Teresa de Benguela, negra africana líder de um quilombo no Vale do Guaporé.

A revista Ispia de fevereiro de 2013 dedicou uma edição ao Carnaval de Santo Antonio de Leverger, uma cidade muito requisitada nesta época festiva. Naquele ano, o bloco Garanhões da Madrugada completaria 18 anos de existência. Na Revista de História da Bliblioteca Nacional de Fevereiro de 2009, existe o texto de título “Os embaixadores da folia” com abordagem ao Carnaval baiano de 1897. O desfile daquele ano teria a presença de feiticeiros, com o objetivo de prevenir os foliões contra o micróbio da febre amarela.

Os carnavais celebrados nas avenidas e nos clubes de Cuiabá, as tradicionais festas das cidades do interior e memoráveis personalidades regionais dos festejos como Jejé de Oyá, estão presentes em inúmeros jornais, revistas, livros e fotografias do Arquivo Público. 

O historiador e servidor público do Arquivo, Angelo Moraes, evidencia algumas curiosidades sobre o Carnaval e faz uma análise desta festa popular nos 250 anos de Cuiabá. O texto esta disponível no site do Arquivo Público no campo “Jornal de Hontem”.

 


Fonte: Carlos Ferreira | Arquivo Público