PLANEJAMENTO

Diagnóstico avaliará gestão e desenvolvimento da carreira de Gestor Governamental

Sexta-feira, 05 de agosto de 2016 | Publicado às 13h48

Entre os objetivos da autoanálise está o de aperfeiçoar a atuação da carreira no Estado, tendo em vista a capacidade de impacto que ela possui sobre a qualidade das políticas públicas

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Servidores da carreira de gestão governamental planejam ampliar o desenvolvimento de sua atuação no âmbito do Governo do Estado. Para atingir este propósito, a carreira passa por avaliação do núcleo estratégico do Executivo no que diz respeito à gestão e ao desempenho de suas funções.

Nesse contexto, secretários de diferentes pastas do Governo foram entrevistados, com o intuito de elaborar um diagnóstico mais concreto sobre o papel do gestor governamental na administração pública. A iniciativa de elaborar um estudo mais detalhado foi da própria Associação dos Gestores Governamentais do Estado (AGGEMT).

“A avaliação é feita constantemente, mas essa é a primeira vez que decidimos fazer um diagnóstico mais profundo, levando em conta a opinião do nível estratégico e de cada um dos membros”, afirmou o presidente da AGGEMT, Umbelino Neves.

Entre os objetivos da autoanálise está o de aperfeiçoar a atuação dos integrantes da carreira, tendo em vista a capacidade de impacto que ela possui sobre a qualidade das políticas públicas e dos processos internos da administração estadual.

“O gestor atua diretamente na formulação e implementação das políticas públicas, com a possibilidade de operar estrategicamente e de forma transversal”, explica o gestor governamental e coordenador da AGGEMT, Alexandre Campos. Segundo ele, o perfil generalista desse profissional facilita o suporte e a transversalidade diante das estruturas administrativas.

O quadro funcional do Governo de Mato Grosso conta com 109 gestores. Destes, 37 ocupam cargos comissionados, sendo que nove são secretários e 14, superintendentes. Aproximadamente 92 gestores governamentais são pós-graduados, dos quais 26 possuem título de mestrado ou doutorado.

Resultados da análise

Há pouco mais de dois meses, a metodologia que produzirá o diagnóstico da carreira vem sendo aplicada para secretários e servidores. O trabalho é realizado por uma empresa especializada em desenvolvimento humano no universo corporativo, contratada pela Associação dos Gestores Governamentais do Estado.

Além das entrevistas com os secretários, que tiveram duração de 30 minutos cada em média, está sendo aplicado um questionário comportamental para os gestores governamentais. Passada a fase de levantamento de informações, que termina na próxima semana, começa a elaboração do plano para o desenvolvimento da carreira. 

“A proposta, no final das contas, é investir onde precisamos melhorar, afinal somos instrumentos da política pública”, ressaltou a gestora governamental e coordenadora da Comissão, Carolina Herrero.

Atribuições

A carreira de gestor governamental em Mato Grosso foi criada por meio da Lei nº 7.350, de 13 de dezembro do ano 2000, para desempenhar a formulação, a implantação e a avaliação de políticas públicas, além do assessoramento técnico, no campo da administração pública estadual.

Segundo a Lei, gestor governamental é o profissional apto a trabalhar nas áreas sistêmicas da administração estadual, capaz de analisar e avaliar as ações do setor público brasileiro, ter visão prospectiva, dimensão institucional, sensibilidade administrativa, habilidades gerenciais, dimensão ética e espírito crítico.

O órgão de lotação e gestão da carreira foi transferido para a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan-MT), por meio da Lei n° 9.736, de 15 de maio de 2012, que também ampliou os locais de atuação, incluindo as entidades finalísticas. Originalmente, os cargos foram distribuídos entre as Secretarias de Planejamento (Seplan-MT), da Fazenda (Sefaz-MT) e de Gestão (Seges-MT), antiga SAD.

No Brasil, o Governo Federal criou a carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), em 1989, sob a inspiração do modelo francês, que formou um corpo de profissionais dirigentes, generalistas, altamente capacitados e aptos para o desempenho de funções estratégicas de grande complexidade e responsabilidade.


Fonte: Assessoria-Seplan