CIRCULA MTArtista leva público a passear por Cartografia Silvafreireana a bordo do MinhocãoQuarta-feira, 31 de agosto de 2016 | Publicado às 13h57Entre ruas da lembrança contidas em poemas de Silva Freire, a artista Mari Gemma Fonteles semeou a concepção da exposição itinerante Cartografia Silvafreireana, que será aberta ao público no próximo dia 02.09, na Galeria de Artes Lava Pés
Entre ruas da lembrança contidas em poemas de Silva Freire, a artista Mari Gemma Fonteles de La Cruz semeou a concepção da exposição itinerante "Cartografia Silvafreireana", que será aberta ao público no próximo dia 02.09, na Galeria de Artes Lava Pés, às 19h. O projeto Circula MT, aprovado pelo edital de incentivo à produção e descentralização artística da Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT), tenta aliar o passado e a contemporaneidade da obra do autor e encontrar núcleos ou unidades de significados que convergissem para seu entendimento, a partir da iconografia da cultura cuiabana. "Vi que a obra dele possibilitava construir também uma cartografia no imaginário do leitor e acredito que também era essa a intenção por parte dele no momento ao estabelecer as relações afetivas e uma ambiência íntima daquela época, alguns locais, as pessoas, o movimento daquelas décadas de vida e toda a vivência social pode ser transposto para o momento atual", explica a artista. Nesse contexto, Mari Gemma percebeu que, quando lia, na sua imaginação vinham imagens com a representação imagética atual. A partir daí foi construindo cenas, fotografando-as como tal ou realizando intervenções, para depois fotografá-las. "O trabalho era fotografar esses locais que eu encontrava e que acho que representam o que Freire via, mas do ponto de vista de documentação ficcional, onde realidade e ilusão se misturam por meio da imagem obtida a partir do reflexo em fragmentos de espelhos", salienta. E, assim, entre leituras de poemas, artigos e trabalhos de mestrado e doutorado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e usando imaginação e criatividade para trazer o que ela chama de cartografia Silvafreireana para os dias de hoje, foram surgindo essas ideias e, no momento em que foi publicado o edital da SEC, o projeto foi apresentado. A curadoria está a cargo dos produtores culturais Amanda Gama e William Gama, também proprietário do Mirante das Artes. Willian destaca que o edital amplia as potencialidades da mostra, levando-as a outros municípios. "É grande o incentivo do Circula MT para os profissionais das artes e para que a arte mato-grossense circule em seu território chegando a outros lugares que mesmo no mesmo solo, tem traços de sua cultura a serem revelados ao público de outros municípios", ressalta. A exposição segue em cartaz em Cuiabá até o dia 28 de setembro e logo depois segue para outros dois municípios. "Esta será uma oportunidade de mostrar e valorizar o patrimônio histórico e imaterial enquanto poesia, mas também trabalhar a questão da Educação Ambiental e dar visibilidade a este recorte à obra de Silva Freire", reforça Mari Gemma. Para este trabalho ela usa a temática do ‘minhocão', que também está presente na obra de Silva Freire. Este animal mitológico é um ser da iconografia cuiabana, que tem essa questão de, digamos, "punir" as pessoas que fazem algo ruim. Nessa exposição, ao contrário, será usado como forma de fazer o bem numa instalação que começa a partir dele.
Fonte: Assessoria | SEC-MT |